segunda-feira, abril 04, 2011

A Responsabilidade é Nossa

Na última semana, o país ficou chocado com o que disse uma autoridade pública em um programa humorístico da TV Bandeirantes, que tem uma audiência considerável e admiriação por muitos brasileiros.

Em seu quadro, uma autoridade ou celebridade é submetida a uma série de perguntas feitas pelo público, e deve respondê-las de forma objetiva. Sua ‘vítima’ mais recente, um Deputado Federal carioca conseguiu – em alguns segundos – difamar DUAS minorias sociais.

A última pergunta dirigida ao ‘nobre’ Jair Bolsonaro foi feita pela famosa cantora, filha de um ex-ministro da Cultura. Essa lhe perguntou o que ele faria, se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra. Prontamente, respondeu que a educação em sua família jamais deixaria que ocorresse tal promiscuidade e que seus filhos não viveram num ambiente lamentavel como o dela.

Não satisfeito, após sua polêmica participação no programa, foi à plenário em sua defesa. Disse que entendeu a pergunta como sendo referente a seu filho namorar com homosexual – o que não ameniza o tom de sua resposta. Tentou argumentar alegando que a pergunta e a resposta não se encaixam – ou seja, em nada se relacionam.

Como a emenda soou muito pior que o próprio soneto, discutiu-se como uma pessoa dessa índole tão afável e doce poderia ser merecedor de um cargo público. E a resposta é muito simples: tem gente que pensa igual a ele e faz questão de votar nele. Ninguém bate às portas do Congresso Nacional querendo ser deputado ou senador. Existe por trás um processo democrático, do qual grande parte de nós faz parte, chamada Eleições. Por mais racista e preconceituoso que seja esse cidadão…está naquela cadeira por nossa causa!

Enquanto colocarmos pessoas inescrupulosas em seus pedestais politicos, o País vai continuar a mesma piada pronta de sempre. E por falar em piada, só para constar: o deputado Jair Bolsonaro é Membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. E eu complemento: torço para que ele próprio seja uma minoria ideológica na Câmara dos Deputados.

terça-feira, novembro 24, 2009

Comida Rápida, Comida Lenta

Tenho observado - confesso que há alguns anos - que certos hábitos tão arraigados nas pessoas têm passado por uma transformação no mínimo curiosa, para não dizer interessante. Era comum ouvir de trabalhadores do mundo corporativo (leia-se que desempenham suas funções na área administrativa não operacional) que a hora do almoço era dedicada a um lanche natural feito em casa ou a uma ‘tupperware’ com uma comida caseira.

Até por força de um processo natural de empresas para reduzir custos, o aparelho microondas deixa agora um espaço vazio no pequeno quarto onde agora são armazenados produtos de limpeza e materiais diversos. Diante da impossibilidade de seus colaboradores de trazerem algo refrigerado para comer no serviço, surgem os primeiros restaurantes a quilo. Derivado destes, as chamadas PADOCAS.


Trata-se de estabelecimentos com mesmo ‘layout’ de padarias, com balcões, chapa para a preparação de sanduiches, sucos, pratos prontos e também no sistema de venda a peso. Tradicionalíssimas independente de localização ou classe social de seus freqüentadores, além de um conforto é também uma necessidade. É um lugar onde se pode tomar café da manhã ágil e sem muita variedade, mas a um preço justo. Com a chegada da hora do almoço, atraem com seus temperos os estômagos então vazios, em busca de alimento.

Por me encaixar na categoria descrita no início - e como bom andarilho da região da Vila Olímpia que sou – sempre vou a busca de novas padocas. Sou ávido por observação, nenhum detalhe me escapa. Da variedade até a ambientação (passando ai também por higiene e simpatia dos atendentes, além de preço e qualidade da comida), lanço meus olhos antes de qualquer decisão de saciar minha fome.

Dia desses entrei sozinho em uma dessas não muito longe do trabalho. A comida não era da mais fresca e o ambiente um tanto escuro. Ainda assim resolvi dar uma chance ao estabelecimento. As mesas individuais estavam agrupadas de três em três, o que me obrigou a sentar com pessoas que nunca vi na vida e que riam de suas fofocas no trabalho. No entanto, meus olhos se fixaram a uma mesa logo a minha frente.

Nela, um jovem rapaz aparentando seus vinte e poucos anos, cabelo arrepiado tomado por gel, acompanhado de outros dois colegas, um prato de comida e uma garrafa 2 litros de refrigerante. Eu não tinha dúvidas que ele trabalhava na área administrativa. Mas o detalhe principal que me fez chegar a essa conclusão foi simples: sua ansiedade por comer.
Mexia seu garfo tal qual um rastelo em um jardim outonal: movimentos rápidos, quase em zig-zag, de todos os sentidos rumo ao centro. Foi desse jeito que durante dez minutos que ocupou daquela mesa. A mão esquerda apoiava a cabeça fatigada de tanto pensar. Já a direita fazia o papel de uma batedeira, unindo arroz, feijão e um pouco de farofa em um mesmo ponto, para então deglutir garfadas cheias. Passada essa fase, parecia exausto. Levou à boca um copo de refrigerante, fechou os olhos e reclinou-se para trás na cadeira. Comi muito, disse aos colegas.

Se o sanduba natural perdeu seu reinado como predileto, perdeu também seu mérito de ‘comida rápida’. Na nova modalidade, só não é ‘fast’ a preparação da comida. Porque até mesmo comê-la virou uma corrida contra o tempo. Bom apetite.

quarta-feira, abril 15, 2009

Esse é Meu Mundo

Prezados Leitores!!

São passados 25 minutos do dia 15 de abril, e cá estou escrevendo sobre uma visão diferente do mundo. Sei que o tema pode parecer um tanto amplo, mas a atual situação me abre campo para discutir acerca disso.
Completamente sem sono e embalado por um aparelho MP3, sento-me na sala a escrever, enquanto minha esposa tem mais uma noite de sono. O áudio da vez fica por conta de um cantor franco-colombiano de reggae.

Contando com uma listagem de oito músicas do mesmo artista, a que mais me atraiu (e, no entanto, é a menos conhecida dele) é intitulada ‘Esse é Meu Mundo’. Em meio a uma base ao som de cravo, a música evolui gradativamente para um tom caótico, misturando curtas declarações em francês e inglês que remetem sempre à Guerra do Iraque.

Passados os fatos e contando com um novo presidente no país de um dos lados dessa guerra, o cenário mundial se altera. O caos e a miscigenação dão lugar ao silêncio de muitas nações. Falo da Crise Financeira que assolou os Estados Unidos e – de quebra – levou alguns países da Europa e até provocou uma ‘marolinha’ no Brasil.


Sinto na pele a conseqüência da rebentação psicológica provocada no Brasil. Sem emprego desde dezembro, percebo uma queda drástica no número de vagas anunciadas em sites especializados da internet. E mesmo depois de ter mandado 400 e-mails e ter meu currículo muito bem conceituado no mercado, o retorno foi mínimo – cerca de 7 entrevistas.


Penso que o que acontece no mundo é uma espécie de luto pelos 22 bancos falidos e vigília pelas montadoras de automóvel que quase fecharam suas portas no país do Tio Sam – a terra da ‘oportunidade’. Não vejo razão de as empresas que atendem exclusivamente o mercado nacional – estas no Brasil – temerem algo que não sucede diretamente nas nossas portas.

Não nego que empresas com forte atuação no mundo todo, como é o caso da Embraer, tenham realmente um ‘bom motivo’ para temer uma paragem no exterior. Por outro lado, penso na pequena e média empresa, com capital, produto e mercado nacional. O que sucedeu com estas, as únicas com possibilidade – por enquanto – de crescimento por aqui?


Particularmente, não vejo porque as empresas 100% nacionais, inclusive em termos de mercado, temam a crise americana. Afinal, o problema acontece lá fora!

Talvez eu esteja pintando de azul aquilo que evedentimente está no vermelho. Sim, considero-me um otimista, apesar de tudo. Acredito no potencial do ser humano de confrontar situações difíceis. Mas é preciso seguir em frente, e eu faço a minha parte. Até porque, ‘Esse é Meu Mundo’ e nele tudo é possível. Sigamos em frente!!

quarta-feira, abril 01, 2009

Back to Blog

Prezados leitores,


Como é possível notar pelo histórico de posts, já faz um bom tempo que eu não produzo nada para esse site. Depois de ser tomado por um surto de quase dois anos de ausência total de criatividade, nos moldes que este blog vinha evoluindo, este humilde que vos escreve resolveu retomar o projeto Neuroblógico.

Você deve estar se perguntando qual é a relação entre o título do post e o conteúdo do mesmo. Eu explico: um filete luminoso distante em uma via de tráfego sob a terra - também conhecido como 'uma luz no fim do túnel' - me veio à mente justo no momento em que ouvia uma música do meu grado, pelo ritmo gostoso e clean de Amy Winehouse em sua produção de título análogo (= parecido) ao meu: Back to Black.

A partir desse momento, eu senti que o Black tinha um fundo de White. Não entendam isso como racista, é apenas uma metáfora p/ dizer que a música representou um momento de retomada de folego.

Como dizem adivinhas, cartomantes e antevisoras (pessoas capazes de dizer o futuro), 'de onde vem esse vem muito mais'.

Que assim seja.

Até o próximo post

Alexandre Masson

quarta-feira, outubro 17, 2007

Ponto de Vista

Muito se fala nos dias de hoje sobre a violência nos grandes centros urbanos. É morte para lá, tiro para cá...e sempre acaba recaindo para a área central dos tais centros. Talvez porque esteja associada à pontos de uso de drogas e em geral a residências antigas, com fachadas mal cuidadas e moradores de baixa renda.

Bem, esses elementos existem em qualquer lugar do mundo. Seja um bairro rico, pobre ou de classe média, não é MAIS possível regionalizar características visuais. Digo MAIS porque já foi um dia distinguível geograficamente áreas de maior ou menor favorecimento. Pega-se imagens antigas de São Paulo e via-se só mansões na Avenida Paulista.

Por uma questão de necessidade moral e financeira, tive que ir até a região da avenida XV de Novembro, não longe da Praça da Sé. Enquanto caminhava em linha reta até o meu destino - neste caso um Cartório de Protestos central (não por ficar no centro, mas por burocraticamente ser o maior banco de dados de análise crediária pessoal do Brasil) - pude observar uma realidade muito diferente desta difundida por telejornais. Nem mesmo minha mala de faculdade, que nada mais é do que uma maleta de notebook, foi visada ao longo do trajeto.

Pessoas riam ao pé de uma escultura. Outros contavam piadas. Multidões se aglomeravam em volta de dois pregadores do evangelho (sendo que um falava em inglês e o outro traduzia para o português). E não eram poucos que passavam por ali naquele momento.

Dois 'shows' em particular me chamaram a atenção em especial. No primeiro deles, um homem baixinho, mirradinho manuseava um chicote cujo comprimento facilmente dava uma volta nele. Durante os dois minutos que o sujeito conseguiu me prender a atenção, ele rasgou uma folha de jornal segurado a poucos centimetros do rosto de um espectador. Logo depois, convocou um outro espectador, desta vez um fumante. Com o cigarro quase no fim, o 'Beto Carrero da Sé' - como se auto denominava - prometeu à 'vítima' fumante que ele iria parar de fumar. Lançou seu chicote ao ar e acertou EM CHEIO.....a pequena bituca de cigarro que ainda restava.

O segundo show foi uma demonstração de habilidades com bola de futebol. Dois irmãos a carater (leia-se com camisa da seleção brasileira) performavam com graça e leveza, fazendo tudo parecer fácil fácil. Passavam a bola um para o outro, simultaneamente, num ciclo sem fim. Literalmente, show de bola.

O que mais me impressionou, no entanto, em minha caminhada quase que histórica pelo velho centro de São Paulo foi o clima bom entre todos os que ali estavam. Todo mundo em paz, rindo, se divertindo ou ouvindo música. Mesmo em dias nublados, como era o caso, não há tempo ruim e todos estão bem.

Até a próxima oportunidade

Alexandre Masson

sexta-feira, outubro 05, 2007

Times of Changes

Saudações meus caros - e abandonados por um tempo - leitores.

Sei que não atualizei um único post esse ano, estou em débito. Algumas coisas muito interessante aconteceram, e até por isso resolvi criar esse meu depoimento.

Como as coisas mudam, não é?? Quando a vida lhe parece estática, é você que não percebe quanto tempo é passado.

Do final do ano passado para cá, muito mudou. Desde novembro de 2006 estive envolvido em um processo terapeutico chamado DIANÉTICA. Não é nem psicólogo, nem psiquiatra, tampouco psicanalista. É um AUDITOR.
A Dianética é baseada nos estudos sobre a mente de L. Ron. Hubbard. Além de filósofo, escritor, engenheiro e outras cositas mais, este é o criador da filosofia religiosa aplicada chamada Scientology.

Vejam só que interessante...todos nós temos uma coisa chamada MENTE REATIVA, e a Dianética tem como único objetivo eliminar essa 'coisa' que nos atormenta, aprisiona e faz fracassar.

Maaaaas voltando ao meu assunto inicial...eu tive enormes ganhos com essa terapia. Comecei a AGIR mais, estou mais alegre do que nunca e estou indo atrás de meus sonhos.

Vamos a algumas mudanças:

- Fiz curso profissional de DJ, e estou investindo em equipamento.
- Consegui estágio em uma empresa, e meu supervisor é justo quem?? MEU AUDITOR (vocês não tem idéia de como é engraçado almoçar com seu terapeuta).
- Atualmente faço curso de Ministro Voluntário de Scientology.
- Fiz workshop básico de Dianética, e já posso auditar em caráter experimental.
- Estou progredindo como nunca na área profissional
- Oportunidades surgem para conhecer outros países
- Comecei a fazer contato com pessoas 'altas', como políticos, doutores, palestrantes, diretores de empresas...entre outros
- Tenho no meu coração a eterna presença da Lilyca, pessoa MARAVILHOSA (hihihih)
- Descobri que tudo gira em torno da sua mente, e que todos somos seres espirituais com plenas capacidades - infelizmente bloqueadas pela mente reativa

Isso apenas para citar alguns....

Bem, vou ficando por aqui!! Hoje é sexta, essa sala está um GELO e logo mais...compromisso.

Até o próximo post

Alexandre Masson

domingo, dezembro 24, 2006

"Adeus Ano Velho"

Falta pouco, muito pouco. Mais oito dias, e entraremos em novos tempos. Acompanhando o ritmo frenético deste ano e projetando esses oito dias finais em uma corrida de Fórmula Um, podemos dizer que nos dirigimos para a reta final, onde já nos aguarda um membro da equipe para balançar a bandeira quadriculada quando passarmos pela linha branca.

Na corrida da vida, no entanto, não somos ranqueados. Vamos todos dentro de um mesmo carro. Cedo ou tarde, todos os carros (análogos a cada país) passarão pela reta. Alguns antes, outros depois – mas todos passam.

Ao final de cada ano, devemos fazer tal qual os mecânicos da corrida: analisar dados, rever falhas, melhorar para a próxima etapa e estabelecer metas para a próxima fase da corrida, buscando sempre melhorar continuamente. Esses oito dias finais poderão ser usados exatamente com esse propósito. Sugiro que recapitulemos nossas falhas, estabeleçamos planos, sempre com um único objetivo: vencer na vida.

É importante ressaltar que nem sempre a vitória estará ao nosso lado. A vida, o ano, os meses, dias e até mesmo horas são feitos de vitórias e derrotas. É perfeitamente normal, e acontece a todos. Até mesmo o mais experiente dos corredores tem seus momentos de pouca ou nenhuma glória. Não podemos nos deixar abater por esses momentos. Já diz o ditado, ‘a única coisa que nos faz levantar é o tombo’. Não tenha medo de cair, e orgulhe-se de conseguir levantar.

Só mais oito dias...e quando vemos, estamos passando por cima dos marcadores do grid de largada. Oito dias que passarão em alta velocidade. Assim como os motores em alta rotação, vibramos freneticamente com a chegada próxima do ano de 2007. A contagem regressiva é iniciada, são os últimos momentos de uma corrida no circuito da vida, onde não há perdedores.

A bandeira quadriculada é enfim lançada ao vento, presa à mão do funcionário do autódromo. Adeus ano velho. Enquanto ocorre a queima de fogos comemorando a vitória do carro em que pegamos carona, damos uma última repassada em nossa vida. Somos agraciados com belas lembranças, ovacionados por mais um ano glorioso, impulsionados para o próximo circuito, repleto de curvas e retas. Passamos uma última vez por 2006.

O próximo passo é simplesmente comemorar. Subamos todos juntos ao pódio, comemoremos nossa chegada a 2007 com muita alegria, paz e união. Devemos aproveitar ao máximo nossa vitória por mais um ano, e ao mesmo tempo nos preparar para a corrida que se inicia logo em seguida: o ano que acaba de entrar.

E feliz 2007 para todos nós!